Esta semana passei duas vezes pelo Centro do Recife. Ontem, dia do comerciário, a circulação de veículos estava bem tranqüila. Hoje, observei o trânsito relativamente congestionado, no centro. Esse problema é histórico e se constitui num dos grandes desafios na gestão da Cidade, principalmente quando se pensa na viabilização da área central, consideravelmente degradada. Há a necessidade de proporcionar maiores mobilidade, fluidez e segurança, não esquecendo da sustentabilidade das ações planejadas para o local.
Mas o problema, muitas vezes, é a existência de interesses pessoais em jogo, trazendo como conseqüência, prejuízos coletivos, notadamente em relação à prioridade ao sistema de transporte público coletivo. E observando o corredor exclusivo de ônibus entre o Derby e a Avenida Guararapes, fiquei me perguntando o motivo daquele corredor ter sofrido tantos questionamentos. Acho que alguns problemas pontuais poderiam ser corrigidos, mas aquela obra foi, indubitavelmente, uma ação de muita coragem da gestão municipal. E os questionamentos, em sua maioria, foram e continuam sendo, realizados por quem não utiliza transporte coletivo. Assim, formadores de opinião, inclusive na imprensa, dão uma “contribuição” para a cultura ao automóvel, em contraste com a necessidade coletiva.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
TARIFA ÚNICA: AVALIAÇÃO, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Tarifa Única no Sistema de Transporte Coletivo da Região Metropolitana do Recife - RMR. Embora seja um tema local é um assunto que é pauta e...
-
Tarifa Única no Sistema de Transporte Coletivo da Região Metropolitana do Recife - RMR. Embora seja um tema local é um assunto que é pauta e...
-
O Movimento Maio Amarelo, capitaneado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, com apoio institucional do Ministério da Infraestrut...
-
A Lei Federal 12.587/2012 instituiu as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, como instrumento da política de desenvolvimento...
Eu utilizo o corredor citado e posso afirmar que a mudança foi bastante positiva para o transporte públlico. Para quem utiliza carro, existiam e continuam existindo várias vias para se fazer o trajeto que hoje é priorizado para os ônibus. Para quem utiliza ônibus, a principal melhoria (além da revitalização das paradas e calçadas) foi não ter mais que disputar espaço com os automóveis, que agora possuem faixas exclusivas. No início houve alguns problemas, mas que foram logo tratados pelos responsáveis, de maneira que hoje considero o corredor algo bastante útil para a cidade.
ResponderExcluirCreio que a "cultura do automóvel", surge a partir do momento em que nós precisamos nos locomover de forma mais rápida e confortável. Nosso sistema de transporte urbano, é um sistema composto por veículos que agonizam e trafegam feitos zumbis por esses corredores. Muitas vezes verifico ônibus com problemas na suspensão, com sua carroceria totalmente inclinada, sujos, com pneus carecas, cadeiras que mais parecem bancos de concreto... Nossos ônibus não são climatizados, alias já foram, quando estavam concorrendo com o transporte alternativo. Os passageiros passam horas esperando pelo seu ônibus e quando ele chega, se o motorista não "queimar" a parada, está "entupido". A Cultura dos Automóveis só será extinta quando nossos transportes urbanos sejam no mínimo equivalente aos nossos veículos, quando tivermos certeza que poderemos contar com o ele para chegarmos na hora certa no trabalho sem precisarmos sair com horas de antecedência!
ResponderExcluirPolíticas públicas que priorizem o transporte público... Este é o caminho.
ResponderExcluir