segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MOTOTÁXI: RESPONSABILIDADE DE GOVERNANTES


Há muito tempo a questão dos mototaxistas, ou seja, o transporte de passageiros em motos, de forma remunerada, vem sendo objeto de discussões, com posições diametralmente opostas sobre a legalização, ou não, desse “serviço”, muito comum notadamente nas regiões Norte e Nordeste do País, uma vez que noutras regiões o maior problema é com os motoboys ou moto-fretes. No final de julho do corrente ano foi aprovada a Lei N.º 12.009, que “Regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta”. A Lei também altera o Código de Trânsito Brasileiro para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas – moto-frete.

Vale salientar que em diversas cidades o serviço de mototáxi era “regulamentado” com base em legislações municipais questionáveis e até mesmo sem valor algum. Noutras, a operação desses veículos é realizada com a conivência dos gestores públicos ou permitida sem instrumentos legais, mesmo que precários. Mas a partir dessa Lei, defensores, operadores e usuários desse serviço comemoraram, uma vez que o impedimento legal, anteriormente presente, não mais existia. Por outro lado alguns críticos ficaram alarmados com a “obrigatoriedade” da regulamentação pelas prefeituras.

Na realidade, o que a Lei Federal estabeleceu foi, única e exclusivamente, a regulamentação das atividades, anteriormente elencadas e algumas exigências para o exercício da atividade. Somente. É preciso ficar claro que caberá aos prefeitos e gestores municipais a tomada de decisão acerca da implantação, ou não, desse serviço. A Lei, aprovada em 29 de julho do corrente, não autoriza, num passe de mágica, todos os mototaxistas que hoje circulam nas áreas urbanas. A própria lei tem dispositivos que ainda deverão ser objeto de regulamentação pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. A partir daí, os municípios, que o desejarem poderão regulamentar como um serviço de transporte tal qual é feito com ônibus, táxis, transporte complementar, dentre outros.

Mas, prefeitos e gestores municipais que resolverem regulamentar esse serviço terão de estar atentos quanto à responsabilidade sobre as conseqüências dessa regulamentação. Os questionamentos quanto à segurança permanecem. Um passageiro sem experiência pode causar instabilidade por não saber se equilibrar na moto. Por mais que os operadores regulamentados sejam submetidos a cursos, ainda assim, motos estão submetidas a risco de acidentes infinitamente maior que em veículos, notadamente em área urbana. Outra questão é a do capacete destinado ao passageiro. Capacetes possuem tamanhos diferentes. Um de tamanho inadequado pode se tornar um risco em caso de acidente, não atendendo à necessidade de proteção.

E possíveis acidentes serão de responsabilidade direta ou indireta do Poder Público local. Isso sem falar em outros aspectos, como higiene, aumento dos problemas de trânsito, etc.

Portanto, a responsabilidade sobre tudo isso será de prefeitos e gestores municipais.

A opção é de vocês!!!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

SUPER CRUZAMENTO PARA PEDESTRES!!!


O conflito veículosXpedestre é algo presente nas grandes cidades do Brasil e do Mundo. Comumente é falado da falta de prioridade ao pedestre nessas cidades.

Acaba de ser inaugurado, em Londres, um cruzamento que interrompe o tráfego em todas as direções ao mesmo tempo, permitindo que as pessoas atravessem a rua em X ou do modo tradicional.

Isso permite um ganho de tempo para os pedestres e é adequado para cruzamentos com elevado número de pessos realizando a travessia.

Mas a idéia não é nova. Segundo o site da BBC Brasil, em Tóquio já existe essa solução.

Essa idéia poderia ser implantada por aqui.


A foto foi tirada do site BBC Brasil.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO OU URBANA???

Esta semana estou no "estaleiro". Fiz uma redução de estômago. Bom, mas isso não vem ao caso. Somente terei mais tempo para escrever.

Por falar nisso, hoje vi uma reportagem sobre a violência no trânsito. Foi um caso em que um policial teria discutido com outro usuário e o primeiro teria atirado no segundo. Aí fica a pergunta: será que isso é violência no trânsito, ou mais um banal gesto de violência urbana???

Isso, aliado à constatação que o suspeito do crime era um policial.

A violência no trânsito é fato. Inclusive, pretendo fazer uma abordagem sobre o assunto em outra postagem, mas esse fato relatado, na minha opinião é fruto do "caos urbano" em que vivemos, infelizmente. Portanto, não se enquadra como violência no trânsito.

Mas, no trânsito ou ubana, continua sendo violência. E atenta contra a civilidade. NÃO É SAUDÁVEL.

Enquanto isso, aqui em Recife, na última quinta-feira, mais um acidente com vítima fatal, onde o condutor estava alcoolizado, segundo testemunhas.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A CIRCULAÇÃO NO CENTRO DO RECIFE

Esta semana passei duas vezes pelo Centro do Recife. Ontem, dia do comerciário, a circulação de veículos estava bem tranqüila. Hoje, observei o trânsito relativamente congestionado, no centro. Esse problema é histórico e se constitui num dos grandes desafios na gestão da Cidade, principalmente quando se pensa na viabilização da área central, consideravelmente degradada. Há a necessidade de proporcionar maiores mobilidade, fluidez e segurança, não esquecendo da sustentabilidade das ações planejadas para o local.

Mas o problema, muitas vezes, é a existência de interesses pessoais em jogo, trazendo como conseqüência, prejuízos coletivos, notadamente em relação à prioridade ao sistema de transporte público coletivo. E observando o corredor exclusivo de ônibus entre o Derby e a Avenida Guararapes, fiquei me perguntando o motivo daquele corredor ter sofrido tantos questionamentos. Acho que alguns problemas pontuais poderiam ser corrigidos, mas aquela obra foi, indubitavelmente, uma ação de muita coragem da gestão municipal. E os questionamentos, em sua maioria, foram e continuam sendo, realizados por quem não utiliza transporte coletivo. Assim, formadores de opinião, inclusive na imprensa, dão uma “contribuição” para a cultura ao automóvel, em contraste com a necessidade coletiva.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

EM RECIFE!!!!

Cheguei em Recife. Já estava com saudades da terrinha. O sistema de transportes coletivos de Curitiba impressiona pela sua abrangência. Mas o nosso SEI - Sistema Estrutural Integrado também tem seus aspectos positivos.

A impressão que eu tenho em Recife é que tem muito carro para pouca rua. Mas isso se explica pela configuração urbana da Cidade, com suas limitações naturais e históricas.

Mas vale salientar, o recifense respeita mais as leis de trânsito que os condutores em Curitiba. Aqui quase não se vê condutores sem utilizar o cinto de segurança, por exemplo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

AINDA EM CURITIBA




Finalmente tive a oportunidade de conhecer o sistema de transporte coletivo de Curitiba como usuário.

Andei em linhas troncais, em ônibus bi-articulado. Na ida, com o veículo mais vazio, achei muito bom, além de rápido. Já na volta, por volta das 17h30, achei que o ônibus ficou muito cheio, confirmando que o sistema está necessitando ser ampliado. Fala-se na possibilidade de um metrô em Curitiba.

Já a sinalização, uma coisa que me chamou a atenção foi a deficiência da sinalização gráfica horizontal e a utilização de placas em formato diferente do padrão. Por outro lado, em várias ruas do centro, vi a utilização de piso tátil, importante para as pessoas com deficiência visual.

E só para registro, mesmo sem ter nada com o assunto trânsito/transportes, a impressão em relação ao povo de Curitiba foi a melhor possível. Várias pessoas que "topamos" aqui na cidade se mostraram simpáticas, atenciosas e até mesmo calorosas, além de muito educadas, fato que se constata pela limpeza das ruas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

CURITIBA

Cheguei em Curitiba. Cidade tida como exemplo na prioridade ao transporte público coletivo de qualidade.

Para variar, perguntei ao taxista como estava o trânsito. O mesmo disse que não tinha muitos problemas.

Perguntei-lhe se era pelo fato do transporte coletivo ser de qualidade. Ele disse que já foi melhor, que caiu muito.

Amanhã terei a oportunidade de testar pessoalmente.

Quando digo amanhã, na realidade é hoje, já que já estamos na terça-feira. Hoje, portanto, terá início o Congresso da ANTP de Trânsito e Transportes.

TRÂNSITO SAUDÁVEL???


Estou em Brasília. Capital dos carros, mas também do respeito à faixa de pedestre. Ontem à noite não me contive e perguntei ao taxista se os motoristas ainda respeitam o espaço de travessia dos pedestres.

Ele informou que sim, mas que era por causa das multas.

E ainda falam em indústria de multas!!!

Mas só para registro, em Petrolina-PE também respeitam a faixa de pedestre. Milagre? Não.

Educação e Fiscalização. Em nome da paz no trânsito.

Por um TRÂNSITO SAUDÁVEL.

domingo, 27 de setembro de 2009

INICIANDO!!!


Este blog será um espaço onde estarei fazendo minhas considerações sobre um tema tão importante para toda a sociedade, o TRÂNSITO.

O objetivo é trazer visões de como podemos torná-lo, um TRÂNSITO SAUDÁVEL.

Espero que em torno desse espaço, seja criada uma troca de idéias sobre esse assunto tão complexo, por isso mesmo tão apaixonante.

TARIFA ÚNICA: AVALIAÇÃO, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Tarifa Única no Sistema de Transporte Coletivo da Região Metropolitana do Recife - RMR. Embora seja um tema local é um assunto que é pauta e...