Na edição de ontem do fantástico foi apresentada uma longa e interessante reportagem sobre acidentes de trânsito. Nessa reportagem, dados estatísticos, relatos da situação no Brasil e em alguns de seus estados, além de informações sobre a problemática de acidentes em outros países.
Algumas informações relevantes:
• Segundo o Denatran ocorreram 32.465 mortos em 2008, enquanto o Ministério da Saúde apresenta um número um pouco maior: 37.585.
• O especialista em trânsito Silvio Médici, fez o cálculo a partir dos casos de mortes em que foi pedido o DPVAT, o seguro obrigatório pago a vítimas de trânsito. Segundo o especialista foram 62 mil mortos.
• Segundo pesquisadores e órgãos públicos (não informados na reportagem) são cinco principais causas dos acidentes: álcool; cansaço; desrespeito à sinalização e imprudência; excesso de velocidade e impunidade; e falta de fiscalização.
• No Japão, o índice de mortes por cem mil habitantes é de 4,72. Na Alemanha, 5,45; França, quase 7; Itália, 8,68. Nos Estados Unidos, o índice passa de 12. No Brasil, salta para 17.
Apesar da reportagem ter sido interessante, as causas apontadas na são novidade. E um fato que não é novidade e que eu quero destacar é a questão da fiscalização, ou sua ausência.
O velho jargão da indústria de multas tem levado a situações coma a descrita no programa, onde uma lei mandou tirar os radares das rodovias estaduais de Santa Catarina, implicando num aumento de mais de 50% nas mortes, enquanto, anteriormente, haviam conseguido uma redução de 72%.
A banalização dos acidentes, com a desculpa de não se criar a “indústria de multas” é culpa de formadores de opinião, famosos ou não, que se utilizam dos meios de comunicação para explorar o tema fiscalização, apenas sob a ótica de geração de multas, com raras exceções. Vale salientar que as multas, em sua maioria, só existem porque existem infratores, que de forma contumaz, insiste em desrespeitar as leis de trânsito.
Outros “baluartes” da defesa dos “pobres e injustiçados condutores autuados” pregam a redução de valores de multas e o parcelamento das mesmas, pois a fiscalização de trânsito sempre é “injusta”.
Isso tudo vai na “contramão” do que os países que conseguiram reverter os índices de acidentes fizeram. Investimento maciço em fiscalização. E não somente isso. Leis rigorosas e judiciário a serviço da sociedade e não a interesses pessoais, próprios ou de influentes “clientes”.
Mas, o que a reportagem abordou, de forma xxxx, é a necessidade imperiosa que TODOS se conscientizem do seu papel para a redução dos índices de acidentes e vítima no Brasil.
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pois é. Fiscalização é a palavra chave. Todos os dias, eu atrevsso um sinal em camaragibe que serve a 3 escolas publicas e uma particular. Fica quase em frente a prefeitura e ao MP da cidade. E todos os dias, todos os dias eu vejo a galera avançando quando esta verde pra pedestres...e Raramente avança quando esta liberado, a via transversal. Isso pra mim mostra-se como um claro e evidente desrespeito ao pedestre. Fu conversar com um palacinho do detran, que ali trabalha, sobre o problema e ele informou que não tiha o poder de multar, e que ja tinha avisado aos responsáveis sobre o problema.
ResponderExcluirFiscalização é a palavra chave, aliada à educação. Mas, só para esclarecimento, questões relacionadas à circulação, estacionamento e parada, são responsabilidades dos Municípios, através de seus órgãos executivos de trânsito.
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