quinta-feira, 1 de setembro de 2011

REGULAMENTAR FLANELINHAS???



O flanelinha que foi preso na semana passada foi solto. Não sou advogado, portanto não posso afirmar se foi legal ou não, primeiro sua prisão, depois a soltura. Mas posso OPINAR.

Lamentável o que parte da sociedade e até mesmo da imprensa fez em relação à esse caso. Quem transgride tem que ser punido. E o que acontece nas nossas vias é um verdadeiro atentado à cidadania, notadamente pela violência que se configura com a ameaça a que somos submetidos.

Aí ressurgem propostas como a de regulamentar os flanelinhas. É uma forma confortável de tratar do problema.

Faço o paralelo com as kombis que rodavam, da mesma forma que os flanelinhas agem, de forma marginal. Muitos à época insistiam que devia regulamentá-los. Mas nas condições que eles "operavam" o transporte "alternativo". Tenho orgulho de dizer que fiz parte daquela grande intervenção que ocorreu na cidade do Recife e sei que a forma de coibir aquilo que víamos na nossa Cidade não foi "regulamentar" segundo o status quo. O que foi feito foi uma intervenção verificando outras possibilidades, inclusive sendo muito mais útil que a concorrência predatória que as tais kombis faziam. Foi criado um Sistema de Transporte Complementar, num formato muito mais racional e até rentável para os atuais operadores.

O que pode ser feito em relação à questão dos flanelinhas é relativamente simples:

1- REVER toda a política de circulação (e proibição de circulação) da cidade, aí inclusas áreas de estacionamento e de carga/descarga;
2- AUMENTAR as áreas de estacionamento rotativo - Zona Azul. Trata-se da forma mais democrática de autorizar a utilização do espaço público;
3- AUMENTAR a rede de vendas de bilhetes de Zona Azul, se possível com a adoção de novas tecnologias;
4- AVALIAR a possibilidade de terceirização do serviço, inclusive da fiscalização. Isso faria com que os agentes de trânsito pudessem atuar na OPERAÇÃO de trânsito, ajudando a obtenção de fluidez nas nossas vias.
5- ESTIMULAR o uso do transporte público, com aumento do atendimento, notadamente no centro, principalmente com linhas circulares.

Ficam as dicas. Obviamente que tudo deveria estar vinculado à um PLANO DE CIRCULAÇÃO na cidade.

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